A imundície, tocada, toma inéditas formas.
Tenho de fazer uma pergunta. Eu posso ser cauteloso. Você já sentiu medo do nada?
Há velhas "respostas" à pergunta. Há novas. Há respostas? Não duvidaria que sim, elaboradas ou não. Intrinsecamente pessoais ou não. Nota-se que de forma alguma sequer insinuo sobre fatalidades. Minha questão não ressona contigo? Eu entenderia. O nada está fora do alcance do ser humano – um dos feitos heróicos de Deus. Humanidade versus os lobos, e lobos versus a humanidade.
Deixe-me dizer. Além da luz fosca o incompreensível vem em camadas, e há uma espécie de nada que me tocou. É verdade que vocês, anfitriões, temem o desconhecido por natureza inerente, e suspeito que seja alguma forma de vazamento disso que me envolve em vosso plano, o que em teoria não deveria acontecer. Há um tipo de não-existência que engloba o que foi descartado, maculado, consumido, expurgado. Tento não refletir demais sobre ela, temente de rompimento da consciência, sendo racional ou não tremer sob o cenário. Contudo, a partir de minha experiência, eu posso identificar aqui muito, muito mais que nada, ainda que não... possa.
Você me entendeu?
Você entendeu a mim?