sábado, 26 de novembro de 2016

Dama (e Aranhas)

Quando a dama segurou em suas mãos
Uma anfitriã de uma floresta virgem,
Segurou-a ao seio, onde doçuras vãs
E deuses e demônios convivem.

Quando a dama viu uma floresta
Da qual peregrinos sonhavam,
Ficou atônita quando descobriu a nefasta
Ruína disso que buscavam.

E pôs-se temerosa e parada
Diante de um lago cristalino,
E viu-o resplandecer com a imagem refletida
De aranhas rastejando por seu cabelo fino.

E a floresta sem nome adormeceu,
E as aranhas, impiedosas, devoraram;
A dama sob vontade das sanguessugas cedeu
E visões de outro mundo se revelaram.