A princípio não estava disposto a compartilhar estas experiências, ciente do quão repulsivas são as coisas que venho a considerar que agora “sei”, mas eventualmente mudei de ideia ao contemplar este zeitgeist atual da humanidade, caracterizado por uma sedutora aceitação e integração das mais diversas formas de pensar, agir e manifestar formas de interpretar o mundo e as pessoas nele presente, suspeitando que os meus relatos possam surtir efeitos sobre estes espíritos mais livres do que um dia foram – de que estes conhecimentos adquiridos-a-ser aticem a quieta e reprimida (porém impetuosa) capacidade dos humanos de conectar todas as coisas que existem, criando a ciência do “cantos específicos obscurecidos os quais você jamais viu ou sequer pensou em vislumbrar”, esta que possa desencadear nos entendimentos que minha cabeça acha que teve.
Sobre os fenômenos humanos muitas pessoas gostam de dizer e de acreditar que o mundo das iniciativas atípicas é suspeito, abarrotado de pessoas cujos conceitos vão além dos que possamos considerar essenciais ou benéficos para nós. Até em parte é verdade, mas seria uma simplificação vulgar reduzir a ideia dessas produções à atribuição mais superficial da característica "estranho", sendo elas inócuas ou não. Parte de você ter o olho e o interesse a buscar atos humanos verdadeiramente interessantes com potenciais notáveis; a internet, por exemplo, possui recônditos onde por um motivo ou outro nutre-se interesses ou prestar de atenção a estes, como pode-se observar em artistas, em comunidades criadas a partir de pensamentos "alternativos", e por aí vai. A Dark Web também é um ambiente propício a esta condição, porém dispensa-se apresentações a esta gloriosa roleta russa. Já muito naveguei por lá e deparei-me com uma coisa ou outra que parecia lembrar-me à experiência que irei relatar, mas prefiro não falar mais sobre isso. Dito isso, não posso dizer que essa reflexão determinava totalmente meus interesses naquela época. Sempre gostei de acreditar que tenho bom olho para iniciativas, mas enfim. Possuindo essa faísca dentro de si, mesmo que isso signifique se deparar com visões de difícil digestão ocasionalmente, você pode se tornar no mínimo ciente de certos convites, manifestações, avisos, alarmes… claro, às vezes você precisa prestar atenção, e essa boa vontade perante certas condições de ética também influencia na frequência a qual você torna-se ciente de tais veredas, até porque a justificativa "curiosidade" sempre significa muito mais do que gostamos de pensar sobre. Neste mar de irônica liberdade sutil e tímida nadam muitos peixes que querem mostrar suas escamas de cores não muito bem entendidas no límpido mar azul que conhecemos e gostamos de olhar (até certo ponto). Há uma sorte de pessoas, empreendedorismos e cometimentos que têm pouco sucesso ou ainda não conseguiram refletir com acurácia a visão destas pessoas, ou o caminho pelo qual devem proceder e quem seria o público alvo, portanto cometem verdadeiros "tiros no escuro". Na verdade, diria eu, é mais como se fossem atiradores selecionando pontos específicos na escuridão (ainda que arbitrários, no final das contas) para despejar balas. Tal é uma das condições humanas. Nós estamos cercados de cenários distintos muito interessantes com seus próprios caprichos onde observá-la se manifestando.
Sobre os fenômenos humanos muitas pessoas gostam de dizer e de acreditar que o mundo das iniciativas atípicas é suspeito, abarrotado de pessoas cujos conceitos vão além dos que possamos considerar essenciais ou benéficos para nós. Até em parte é verdade, mas seria uma simplificação vulgar reduzir a ideia dessas produções à atribuição mais superficial da característica "estranho", sendo elas inócuas ou não. Parte de você ter o olho e o interesse a buscar atos humanos verdadeiramente interessantes com potenciais notáveis; a internet, por exemplo, possui recônditos onde por um motivo ou outro nutre-se interesses ou prestar de atenção a estes, como pode-se observar em artistas, em comunidades criadas a partir de pensamentos "alternativos", e por aí vai. A Dark Web também é um ambiente propício a esta condição, porém dispensa-se apresentações a esta gloriosa roleta russa. Já muito naveguei por lá e deparei-me com uma coisa ou outra que parecia lembrar-me à experiência que irei relatar, mas prefiro não falar mais sobre isso. Dito isso, não posso dizer que essa reflexão determinava totalmente meus interesses naquela época. Sempre gostei de acreditar que tenho bom olho para iniciativas, mas enfim. Possuindo essa faísca dentro de si, mesmo que isso signifique se deparar com visões de difícil digestão ocasionalmente, você pode se tornar no mínimo ciente de certos convites, manifestações, avisos, alarmes… claro, às vezes você precisa prestar atenção, e essa boa vontade perante certas condições de ética também influencia na frequência a qual você torna-se ciente de tais veredas, até porque a justificativa "curiosidade" sempre significa muito mais do que gostamos de pensar sobre. Neste mar de irônica liberdade sutil e tímida nadam muitos peixes que querem mostrar suas escamas de cores não muito bem entendidas no límpido mar azul que conhecemos e gostamos de olhar (até certo ponto). Há uma sorte de pessoas, empreendedorismos e cometimentos que têm pouco sucesso ou ainda não conseguiram refletir com acurácia a visão destas pessoas, ou o caminho pelo qual devem proceder e quem seria o público alvo, portanto cometem verdadeiros "tiros no escuro". Na verdade, diria eu, é mais como se fossem atiradores selecionando pontos específicos na escuridão (ainda que arbitrários, no final das contas) para despejar balas. Tal é uma das condições humanas. Nós estamos cercados de cenários distintos muito interessantes com seus próprios caprichos onde observá-la se manifestando.
Fui acertado por uma que chamou a minha atenção de uma forma que até mesmo agora, depois dos engajamentos, tenho pouco orgulho de admitir, por saber que eu pertencia ao perfil não ideal de indivíduo sujeito a ser consumido à primeira fenda própria com que eu me deparasse. Eu estava em um fórum brasileiro lendo aleatoriedades; toda sorte de assuntos numa comunidade com seus próprios "charmes". Lá havia um tópico que eu gostava de acompanhar, de compartilhamento de links aleatórios os quais nos deparavamos de qualquer forma que fosse que tivessem algo sobre eles que nós julgassemos dignos de atribuir alguma ligeira atenção. Entre um dos muitos sites bizarros que via-se sendo compartilhado lá uma hora ou outra, vi um usuário comentando um link dizendo algo como "encontrei esse site hoje, eu nem sei o que dizer sobre, só vejam". Cliquei pois logo de cara pois lembrei ter visto aquele mesmo URL no Facebook, apesar de não lembrar exatamente em que post e em que contexto, e este interesse quase inconsciente era maior do que o site parecia conseguir aparentemente nutrir por si só, pois lá se via um layout porco, extremamente minimalista, com linhas de texto escritas em Times New Roman de cor laranja sobre um plano de fundo totalmente branco, das quais eram o título e subtítulo do site, respectivamente: "A VERDADEIRA ANATOMIA", “Pois o cordão umbilical é um grilhão.”, em português. As únicas duas outras coisas que encontravam-se no site, abaixo do título, eram as palavras clicáveis “Participar” e “Sair”.
Assim que eu cliquei em Participar, um aúdio de uma canção de ninar que até hoje nunca consegui identificar começou a tocar. Assim que o áudio terminara abriu-se uma página que requisitava um email, em cima da caixa onde eu podia digitar estava escrito: "Obrigado por visitar o nosso website! Nossas ideias serão transmitidas com clareza a partir de nossas atividades. Vamos nos encontrar."
Achei a ideia uma estapafúrdia. Encontrei-me pensando sobre o como aquilo parecia bambear entre parecer ou não um ato genuíno mas feito de forma extremamente ingênua e amadora. Ecoando o dono do post, não sabia o que dizer. Fechei o site e deixei para lá.
Deixei para lá o site em si, mas fiquei titubeando sobre sua natureza em si e onde diabos no Facebook eu havia me deparado com ele. Fiquei alguns dias orbitando aquele tópico, e nesse período de tempo vi que o post havia nutrido só uma ou outra resposta de usuários tendo reações parecidas com a nossa, mas então veio um usuário comentar que aquilo era um dos produtos de uma onda de difusão de movimentos de renovar moralidade e teorias por trás de várias ciências e política observada tanto nos Estados Unidos quanto aqui no Brasil de forma mais branda, que ao invés de buscar se difundir principalmente na internet, como seria uma atitude esperada nos arredores dessa nossa época, estava vindo em maior parte de forma até sutil a partir de comunidades locais e de bate boca entre bairros e grupos nas cidades, pois estavam sendo incentivados por organizações e autoridades de que usar a internet para este propósito já não mais era ideal pelo quanto ela dilui e distorce as ações e suas ideias até nos mais simples atos. A pessoa refletiu sobre não saber dizer se a natureza conotada de parecer algo orquestrado por mãos atrás de mãos parecia uma teoria da conspiração ensandecida ou não, mas que se o dono do post original se atentasse mais ao que acontece ao seu redor fora da Internet, notaria um córrego de coisas do tipo, pois apesar de admitir não saber do que se tratava "A Verdadeira Anatomia", já houvera vislumbrado uma ou outra iniciativa que relativamente remetia ao site. Isto me intrigou significativamente. Ao de fato vasculhar nos percalços das partes da internet a qual eu era familiar realmente não encontrei nada que mencionasse-o diretamente, contudo descobri discussões e posts avulsos os quais pareciam um tanto aleatórios, desconexos com os caprichos do que se poderia afirmar como normalidade em fóruns e grupos existentes com intuito de abrigar conteúdo em grande parte ordinário. Pela informação obtida, não deixei de indagar se havia alguma conexão coerente, se eram pistas a um contexto – pessoas debatendo sobre características da anatomia humana; pessoas enaltecendo aspectos de suas próprias fisiologias que em tais vezes parecia um tanto antiético; uma arte retratando um Ouroboros feito de cordão umbilical que recebeu bastante elogios e atenção; um cérebro (que tenho quase certeza que era falso) sendo batido num liquidificador até virar um suco, e entre mais algumas outras coisas que já não consigo me recordar. Estas foram coisas que eu vira, que receberam um quê tangível de atenção, as quais me fizeram perguntar se "A Verdadeira Anatomia" fazia parte de algo que estava a encontrar seu lugar em alguma esquina desta complexidade que é a contemporaneidade de certos indivíduos (ou coletivos, se preferir ver por este viés). Normalmente eu não possuía muito interesse em estar entrosado com as notícias e zeitgeist do mundo, então não percebi ou vi que conteúdo estava relevante à nossa sociedade. Após esta busca e obtenção de conhecimento, minhas tentativas de que a minha memória inconsciente conseguisse escapulir ao consciente tiveram êxito, e eu tive a epifania: eu havia visto aquele link no Facebook num post de um professor universitário da minha cidade que havia conhecido na minha primeira (não concluída) graduação, compartilhando campanhas e iniciativas "interessantes". Não soube dizer se tudo isso fazia o site parecer de fato menos suspeito, mas o meu interesse havia se tornado palpável. Acessei o site mais uma vez, então fui lá e mandei meu email a eles.
Achei a ideia uma estapafúrdia. Encontrei-me pensando sobre o como aquilo parecia bambear entre parecer ou não um ato genuíno mas feito de forma extremamente ingênua e amadora. Ecoando o dono do post, não sabia o que dizer. Fechei o site e deixei para lá.
Deixei para lá o site em si, mas fiquei titubeando sobre sua natureza em si e onde diabos no Facebook eu havia me deparado com ele. Fiquei alguns dias orbitando aquele tópico, e nesse período de tempo vi que o post havia nutrido só uma ou outra resposta de usuários tendo reações parecidas com a nossa, mas então veio um usuário comentar que aquilo era um dos produtos de uma onda de difusão de movimentos de renovar moralidade e teorias por trás de várias ciências e política observada tanto nos Estados Unidos quanto aqui no Brasil de forma mais branda, que ao invés de buscar se difundir principalmente na internet, como seria uma atitude esperada nos arredores dessa nossa época, estava vindo em maior parte de forma até sutil a partir de comunidades locais e de bate boca entre bairros e grupos nas cidades, pois estavam sendo incentivados por organizações e autoridades de que usar a internet para este propósito já não mais era ideal pelo quanto ela dilui e distorce as ações e suas ideias até nos mais simples atos. A pessoa refletiu sobre não saber dizer se a natureza conotada de parecer algo orquestrado por mãos atrás de mãos parecia uma teoria da conspiração ensandecida ou não, mas que se o dono do post original se atentasse mais ao que acontece ao seu redor fora da Internet, notaria um córrego de coisas do tipo, pois apesar de admitir não saber do que se tratava "A Verdadeira Anatomia", já houvera vislumbrado uma ou outra iniciativa que relativamente remetia ao site. Isto me intrigou significativamente. Ao de fato vasculhar nos percalços das partes da internet a qual eu era familiar realmente não encontrei nada que mencionasse-o diretamente, contudo descobri discussões e posts avulsos os quais pareciam um tanto aleatórios, desconexos com os caprichos do que se poderia afirmar como normalidade em fóruns e grupos existentes com intuito de abrigar conteúdo em grande parte ordinário. Pela informação obtida, não deixei de indagar se havia alguma conexão coerente, se eram pistas a um contexto – pessoas debatendo sobre características da anatomia humana; pessoas enaltecendo aspectos de suas próprias fisiologias que em tais vezes parecia um tanto antiético; uma arte retratando um Ouroboros feito de cordão umbilical que recebeu bastante elogios e atenção; um cérebro (que tenho quase certeza que era falso) sendo batido num liquidificador até virar um suco, e entre mais algumas outras coisas que já não consigo me recordar. Estas foram coisas que eu vira, que receberam um quê tangível de atenção, as quais me fizeram perguntar se "A Verdadeira Anatomia" fazia parte de algo que estava a encontrar seu lugar em alguma esquina desta complexidade que é a contemporaneidade de certos indivíduos (ou coletivos, se preferir ver por este viés). Normalmente eu não possuía muito interesse em estar entrosado com as notícias e zeitgeist do mundo, então não percebi ou vi que conteúdo estava relevante à nossa sociedade. Após esta busca e obtenção de conhecimento, minhas tentativas de que a minha memória inconsciente conseguisse escapulir ao consciente tiveram êxito, e eu tive a epifania: eu havia visto aquele link no Facebook num post de um professor universitário da minha cidade que havia conhecido na minha primeira (não concluída) graduação, compartilhando campanhas e iniciativas "interessantes". Não soube dizer se tudo isso fazia o site parecer de fato menos suspeito, mas o meu interesse havia se tornado palpável. Acessei o site mais uma vez, então fui lá e mandei meu email a eles.
No entanto, após os dias que se passaram sem nada relevante para qualquer coisa (e muito menos para este contexto) a acontecer, recebi um e-mail de um recipiente com letras e números aleatórios titulado "Encontro", contendo uma data, horário e endereço que, para a minha surpresa, estava de fato localizado não só na minha cidade, mas como perto de onde eu morava, num bairro comercial local de produtos e serviços baratos, acompanhado das frases "não propomos respostas, propomos questões, a principal sendo 'que questões?'".
Ainda que as muitas manifestações que o bom-senso dispõe a nós me dissessem que obviamente não se trataria de uma experiência notável, pois não faltava maus pressentimentos, eu estava bastante interessado na possibilidade de trazer algo completamente alienígena a um mundo tão sem vida nem morte que fazia qualquer coisa fora dele parecer maravilhosa. Cruzar a linha entre meu mundo paralisado ao mundo incerto de coisas além... Desejo sem cabimento, obviamente. Eu poderia me justificar com "senti vontade de que eu pudesse ver certas coisas neste mundo com meus próprios olhos, para que eu possa viver num mundo que eu conheça de verdade", pois foi um pensamento que havia me debatido, mas não era essa a motivação, sinceramente falando. E ainda digo que este foi o único dos meus motivos que deva ter tido qualquer substância, pois em maioria era mais a falta deles. Eu não estava muito conectado com qualquer coisa para que pudesse ter tantas coisas racionais acontecendo na minha vida quanto seria agradável. Nunca consegui explicar a autossabotagem. Claramente agora sei o quão desviado estavam os meus processos mentais.
Então, decidido a me comprometer, dirigi-me no dia marcado ao endereço a pé, por não levar mais que vinte minutos de caminhada da minha casa ao destino (este que decididamente não me sinto confortável em expor, como nem em que cidade ou estado isso se sucedeu, mas para melhor situação, posso dizer que o dia foi o 16 de março de 2017, às 18:00 daquele dia). Fui caminhando cauteloso, com medo de ser assaltado, pois minha cabeça estava decidida a não permitir nenhuma desgraça de acontecer a mim que não fosse a que já estava a me aguardar formalmente. Não sabia o que esperar, então minha hipótese era que iria me surpreender com qualquer mínimo detalhe da situação, o que era uma conjectura precisa, pois fiquei curioso ao me deparar com um dos únicos prédios do bairro na destinação - não era tão grande ou esmerado, nem tão mal construído. O último andar parecia desalinhado, e carente de reboco numa das paredes do térreo. Gosto de pensar sobre isso devido ao que acabei presenciando lá dentro. Eu bati palmas ao pé do portão modesto e fui imediatamente atendido por um rapaz que não se destacava de forma alguma dos outros que andavam por aquela área. Ele me saudou mas não disse mais nada, assim como eu, pois não fazia ideia do que dizer ou perguntar, ou se eu deveria. Ou se eu tinha coragem. Quando subimos os degraus esguios até o terceiro andar, ele guiou-me até uma porta e disse "sente-se, fique a vontade, patrão", assim entrei e não entendi prontamente a cena que se pôs diante de meus olhos. Perto do canto superior esquerdo da minha perspectiva da sala estava uma maca com uma mulher em trabalho de parto e vários "doutores" a rodeá-la. Aspas pois, apesar de estarem suprindo ou tentando suprir papéis de doutores, não parecia um cenário normal de cirurgia, pois com exceção de máscaras de laboratório que lhes cobriam quase todo o rosto, estavam trajados de roupas comuns, impróprias e indistintas das outras pessoas naquela área (assim como o rapaz de antes). Se for perguntar-me, diria que aquele prédio não parecia um hospital... mas também não conseguia dizer que realmente não parecia um hospital. Não sei explicar; enfim. Eu havia observado em relances que o "prédio" estava em grande parte vazio, a sala em que eu me encontrava estava disposta de alguns equipamentos, e o pessoal estava manuseando algum instrumento ou outro, e eles pareciam estar dando procedência a alguns procedimentos com a mulher, seja lá quais fossem. Nunca havia assistido a um parto, era a minha primeira vez. Sentei e observei todo o processo. Tive a impressão que haviam dado alguma droga potente à grávida, ela não parecia totalmente em si, e duvidava que aquilo era fruto de anestesia. Ainda assim, quando o bebê havia nascido, ela deu um grito que gelou a minha espinha. O bebê parecia normal e saudável, mas ela parecia não concordar… eu tentei perguntar o que havia de errado, mas ela estava em um estado catatônico severo. Fiz o mesmo questionamento ao pessoal rodeando a maca, mas fui ignorado mais uma vez enquanto eles removiam suas máscaras cerimonialmente, revelando que alguns estavam num estado parecido. Alguns não estavam conseguindo sequer conter lágrimas. Eu havia perdido a capacidade de formar qualquer palavras para tentar buscar sentido naquilo ou me ajudar a buscar. Eu estava deficiente de iniciativa. Dirigi-me para fora daquele lugar, mais frustrado do que medroso, sinceramente. Eu não entendia por que o mundo era assim e as pessoas buscavam tanto coisas em tudo. Sim, esse foi o... um dos meus pensamentos diante daquilo. Enquanto eu estava saindo, o rapaz que havia me recebido deu-me um livro. Por um instante pensei em fazer questionamentos, mas quando lhe olhei nos olhos e vi aquele mesmo semblante vazio que encontrei nas pessoas anteriores e que, por algum motivo, estava tão destacado a mim, as intenções morreram.
Os dias se passaram, indo com eles muitos pensamentos e tentativas de processamento de fatos jogados a esmo, enquanto a minha curiosidade evoluía gradativamente numa dissonância cognitiva, pois quanto mais curioso eu me encontrava, mais perturbado me sentia. Eu gostaria de entender do que diabos se tratavam afinal as pessoas, a sociedade e o elo entre política, negócios, ideologias, as visões e crenças alternativas de mundo que uma pessoa poderia ter a ponto de que cenários como aquele fizessem sentido em algum plano... pois de fato eu estava nesciente. Eu respeitava aquele professor, mas àquela altura não sabia mais de nada. Eu já sabia da existência desses tipos de movimentos, cultos e coisas do tipo desviadas o suficiente para instalar na cabeça de qualquer pessoa sã questões como "por que infernos existem pessoas que acreditam e participam dessas imbecilidades?", acontecimentos que deixam qualquer um inquieto o suficiente para querer ao máximo de suas capacidades entrar na cabeça destes ensandecidos. A internet em geral consegue ser bastante evocativa a este aspecto e isso traz questionamentos deste tipo frequentes. Eu também tive um comportamento parecido - "O que levou as pessoas responsáveis por sabe-se lá o que era aquilo a criar aquele site, a fim de convocar indivíduos para assistir aquela cena?". Pelo quanto me sinto seguro em comentar sobre os detalhes pessoais da situação, noto que na cidade onde isso ocorreu há uma hegemonia nefasta de hospitais de elite. Os menores haviam sido em maioria "engolidos" pelas políticas e projetos do governo vigente e ou atacados por essa deficiência programada; ao que eu sabia, assim como todas as áreas mais periféricas da cidade, havia uma crise de saúde nesta área onde eu morei, então eu pude especular se aquilo não era uma espécie de crítica social "teatral". Mas era sensato abrir hipóteses em termos relativamente mundanos? Eu tive a impressão que não. Parecia alcançar um além, e o professor que havia compartilhado o link nem parecia muito interessado na crise de saúde. O vi comentando pouquíssimo sobre quando vasculhei o seu perfil depois do acontecimento. Aquilo parecia ser um ato calculado de introdução a alguma coisa suspeita, mas o quê? Quais eram as piores possibilidades? Algo sexual? Um culto ou uma ideologia extrema?
Mas você sabe o que me deixou mais sem norte sobre tudo isto? O fato de que, por mais que eu estivesse a tentar compreender este episódio de forma a incrementar meu conceito de mundo e das coisas que são dele, para pelo menos aquilo passar a me incomodar menos, eu diria que houve uma diferença essencial deste caso para qualquer caso hipotético alternativo mais explicitamente obsceno ou funesto que eu houvesse me envolvido - o aspecto mais "sutil" da ocasião. Foi inquietante e bizarro? Foi, mas... Por que exatamente? Eu ter encontrado dificuldades em responder esta pergunta era o que mais me incomodava. Obviamente eu não tive dúvidas de que um grupo de aleatórios se desesperando com um parto possivelmente executado de caráter clandestino, possivelmente contra a vontade da gestante, era questionável, mas fora as minhas suspeitas daquelas pessoas não terem sido pessoal totalmente qualificado para dirigir um parto médico e de que a grávida houvera sido coagida ou drogada, eles simplesmente... trabalharam no nascimento de um bebê. Não o machucaram, por mais que entre os instantes de desordem senti indícios de raiva crua. O bebê estava saudável, chorou vigorosamente e parecia qualquer bebê robusto de nove meses. E se não era prematuro, então como e por que exatamente aquela mulher estaria lá à força? No caso dela não querer que aquele bebê tivesse nascido, claro, mas as pessoas ao redor tiveram uma reação parecida com a dela. Se ninguém ali desejasse aquele bebê, por quê? E por que dá-lo à luz mesmo assim? E também, admito, quanto mais focava naquela gestante, mais algo na minha cabeça parecia sugerir que ela estava sã, na capacidade de consentir e consentindo tudo aquilo. Eu já havia pesquisado sobre sinais de coerção em sequestros e coisas do tipo, assim como os sinais de uso de substâncias químicas nas vítimas... Não havia indícios físicos de nada; ela parecia estar entorpecida mas ao nascimento do filho não.
Isso parecia-me errado de tantas formas, e todas estas sendo tão difíceis de elaborar, ou até inconscientes. Qualquer um pode identificar o que exatamente há de errado em círculos de tráfico humano, em filmes snuff... Contudo, meu fracasso de percepção sobre aquilo me frustrava e eu temi que isto sugerisse más hipóteses sobre mim.
Enfim, não nego que esta repulsa e fascinação que estavam me motivando a compreender estes fenômenos e processos mentais tinha o intuito de me fazer sentir mais confortável em relação ao mundo. Uma coisa é ler sobre ou maratonar vídeos no YouTube sobre esse tipo de situação, e outra coisa completamente diferente é viver uma destas, pois o nosso mecanismo de defesa inconsciente de separar o nosso mundo daquele era bem menos eficaz quando aquilo passa a fazer parte, mesmo que ínfima, da nossa realidade particular. Você pode achar que eu exagerei, até porque apesar do ocorrido ter sido notavelmente insólito, e eu concordaria, mas o fato é que, modéstia à parte, tive a percepção de absorver, mesmo que pouco, as sugestões mais sutis do acontecido, pois eu estive muito focado em tentar entender de mente aberta as origens do ódio, repulsa e desespero os quais fui testemunha e muito dificilmente tinha parecido a mim atuação ou "prenda". Acho que o que sempre é mais agoniante de situações adversas é a nossa falta de compreensão sobre o que poderia levar aquilo a acontecer… deixando de entender o porquê de vivermos em um cenário onde manifestações assim surgem. O que nos é ignorante sempre consegue atacar-nos de forma mais agressiva e desigual que a de quaisquer outros predadores.
Então tentei entrar neste buraco, colocando a minha consciência num lugar puramente hipotético e arbitrário de superioridade e insemelhança. E quando algo como bravura nascera disso, tive coragem de checar o "presente" deles. O livro que haviam me presenteado era "Fisiologia Humana", de Dee Unglaub Silverthorn. Na contracapa, para minha surpresa, estava escrito à caneta dizeres que conseguia ser, simultaneamente, os dizeres mais claros e mais obtusos que Eles me transmitiram: "Lamento pelo jeito brusco pelo qual iniciamos nosso ato de campanha. Como uma ideia sendo o que é e já não é, a vida na terra é algo que existe, entre pensamentos e revoluções, por caprichos com uma lógica própria.". O que eu tirei destas palavras, assim como do material, tentarei explicar em breve. Dando uma rápida folheada percebi que aquele livro era na verdade um compilado de capítulos retalhados de vários livros diferentes manualmente colados. Todos pareciam ser de livros de anatomia; alguns acadêmicos, outros não, aparentemente. No fim encontravam-se algumas páginas de caderno, com vários links, alguns para vídeos no YouTube, e um ou outro de pornografia. Havia um mísero material de cunho religioso; era uma espécie de dissertação (não sei como descrever) fazendo paralelos com a Bíblia e situações de realização e extrema euforia que se poderia encontrar na vida. Alguns dos paralelos pareciam a mim mais estranhos e "forçados" que outros.
Mas você sabe o que me deixou mais sem norte sobre tudo isto? O fato de que, por mais que eu estivesse a tentar compreender este episódio de forma a incrementar meu conceito de mundo e das coisas que são dele, para pelo menos aquilo passar a me incomodar menos, eu diria que houve uma diferença essencial deste caso para qualquer caso hipotético alternativo mais explicitamente obsceno ou funesto que eu houvesse me envolvido - o aspecto mais "sutil" da ocasião. Foi inquietante e bizarro? Foi, mas... Por que exatamente? Eu ter encontrado dificuldades em responder esta pergunta era o que mais me incomodava. Obviamente eu não tive dúvidas de que um grupo de aleatórios se desesperando com um parto possivelmente executado de caráter clandestino, possivelmente contra a vontade da gestante, era questionável, mas fora as minhas suspeitas daquelas pessoas não terem sido pessoal totalmente qualificado para dirigir um parto médico e de que a grávida houvera sido coagida ou drogada, eles simplesmente... trabalharam no nascimento de um bebê. Não o machucaram, por mais que entre os instantes de desordem senti indícios de raiva crua. O bebê estava saudável, chorou vigorosamente e parecia qualquer bebê robusto de nove meses. E se não era prematuro, então como e por que exatamente aquela mulher estaria lá à força? No caso dela não querer que aquele bebê tivesse nascido, claro, mas as pessoas ao redor tiveram uma reação parecida com a dela. Se ninguém ali desejasse aquele bebê, por quê? E por que dá-lo à luz mesmo assim? E também, admito, quanto mais focava naquela gestante, mais algo na minha cabeça parecia sugerir que ela estava sã, na capacidade de consentir e consentindo tudo aquilo. Eu já havia pesquisado sobre sinais de coerção em sequestros e coisas do tipo, assim como os sinais de uso de substâncias químicas nas vítimas... Não havia indícios físicos de nada; ela parecia estar entorpecida mas ao nascimento do filho não.
Isso parecia-me errado de tantas formas, e todas estas sendo tão difíceis de elaborar, ou até inconscientes. Qualquer um pode identificar o que exatamente há de errado em círculos de tráfico humano, em filmes snuff... Contudo, meu fracasso de percepção sobre aquilo me frustrava e eu temi que isto sugerisse más hipóteses sobre mim.
Enfim, não nego que esta repulsa e fascinação que estavam me motivando a compreender estes fenômenos e processos mentais tinha o intuito de me fazer sentir mais confortável em relação ao mundo. Uma coisa é ler sobre ou maratonar vídeos no YouTube sobre esse tipo de situação, e outra coisa completamente diferente é viver uma destas, pois o nosso mecanismo de defesa inconsciente de separar o nosso mundo daquele era bem menos eficaz quando aquilo passa a fazer parte, mesmo que ínfima, da nossa realidade particular. Você pode achar que eu exagerei, até porque apesar do ocorrido ter sido notavelmente insólito, e eu concordaria, mas o fato é que, modéstia à parte, tive a percepção de absorver, mesmo que pouco, as sugestões mais sutis do acontecido, pois eu estive muito focado em tentar entender de mente aberta as origens do ódio, repulsa e desespero os quais fui testemunha e muito dificilmente tinha parecido a mim atuação ou "prenda". Acho que o que sempre é mais agoniante de situações adversas é a nossa falta de compreensão sobre o que poderia levar aquilo a acontecer… deixando de entender o porquê de vivermos em um cenário onde manifestações assim surgem. O que nos é ignorante sempre consegue atacar-nos de forma mais agressiva e desigual que a de quaisquer outros predadores.
Então tentei entrar neste buraco, colocando a minha consciência num lugar puramente hipotético e arbitrário de superioridade e insemelhança. E quando algo como bravura nascera disso, tive coragem de checar o "presente" deles. O livro que haviam me presenteado era "Fisiologia Humana", de Dee Unglaub Silverthorn. Na contracapa, para minha surpresa, estava escrito à caneta dizeres que conseguia ser, simultaneamente, os dizeres mais claros e mais obtusos que Eles me transmitiram: "Lamento pelo jeito brusco pelo qual iniciamos nosso ato de campanha. Como uma ideia sendo o que é e já não é, a vida na terra é algo que existe, entre pensamentos e revoluções, por caprichos com uma lógica própria.". O que eu tirei destas palavras, assim como do material, tentarei explicar em breve. Dando uma rápida folheada percebi que aquele livro era na verdade um compilado de capítulos retalhados de vários livros diferentes manualmente colados. Todos pareciam ser de livros de anatomia; alguns acadêmicos, outros não, aparentemente. No fim encontravam-se algumas páginas de caderno, com vários links, alguns para vídeos no YouTube, e um ou outro de pornografia. Havia um mísero material de cunho religioso; era uma espécie de dissertação (não sei como descrever) fazendo paralelos com a Bíblia e situações de realização e extrema euforia que se poderia encontrar na vida. Alguns dos paralelos pareciam a mim mais estranhos e "forçados" que outros.
Bom, eu havia suposto que queriam que eu traçasse o mesmo estudo que Eles traçaram, por mais desorganizado que fosse e para sabe-se lá o que, pois tive a assunção de que eles queriam que eu obtivesse conhecimento de uma forma específica, possivelmente uma que partisse mais de minhas ações e iniciativas próprias do que métodos de ensino mais corriqueiros. Então de fato investi meu tempo nisso, lendo as seiscentas e poucas páginas de anatomia humana. Não havia absolutamente nada de estranho nelas. Era apenas conteúdo científico. Terminei a leitura supondo que os links começassem a me revelar algo que não estava aparente e que talvez devesse estar. Entre os vídeos de parto e órgãos pulsando e pessoas fodendo de formas diferentes (fossem passionais, mecânicas, bizarras e até... criminosas) não encontrei, naquela época, nada que resultasse em algo que não fosse o resultado mais óbvio de me empreitar naquilo: ter obtido conhecimentos sobre o funcionamento humano. De uma forma que, admito, deixou-me com alguma pulga atrás da orelha. Um prazer que eu não havia compreendido, ao ter estudado aqueles conteúdos. Suponho que o motivo disso foi por ter observado, por mim mesmo, os caprichos dos desígnios da própria natureza. Pela educação mecanicista que assola o Brasil não me vi a refletir sobre nada do tipo quando estudei química, física ou biologia na escola. Mas pela minha própria iniciativa, guiada por aquelas pessoas, refleti sobre como as complexidades por trás dos sistemas biológicos em geral pareciam ser verdadeiras obras de gênios (também aí adentrando filosoficamente nas questões que envolvem dogmas religiosos de criação), ao mesmo tempo que percebia que algumas características, principalmente no ser humano (até porque foi o foco do meu estudo próprio), pareciam estranhas ou até arbitrárias.
A experiência havia me deixado com um vazio no peito. Sentia que parar por aqui seria um desperdício de proporções colossais; assim dizendo soa estranho, mas isso faz-me notar o quanto minha mente, ainda que inconscientemente, estava a reagir com todas estas iniciativas. Admito que eu estava tão incomodado com a minha vida que as ideias e desejos que surgiram na minha cabeça me fizeram descobrir que não era assim que eu gostaria de vivê-la. Então, unindo o útil ao agradável, comecei a nutrir sonhos dormentes de cursar mais uma vez uma universidade e continuar estudando, levar este ato a um nível transcendental, no meu próprio ritmo e sob minha própria iniciativa. O choque de um acontecimento tão peculiar ironicamente (até certo ponto) me trouxe uma surpreendente dose de sobriedade. Contudo, aquele aspecto tão inexplicavelmente potencial e fascinante, assim como praticamente tudo na vida, só poderia ser aproveitado por alguém que levantasse a bunda lamuriosa da cadeira e fizesse por onde. Aquela coisa... Revelou-me no final das contas que de fato o mundo não era aquilo que eu imaginava que era. Por mais que sempre tivesse sido tentado a pensar o contrário, sempre há algo de novo e promissor, da forma que fosse, a espreitar por aí. Eu havia entendido o propósito de ter sido convidado a assistir aquele parto: revelar-me que haviam pessoas que viam coisas que eu não ainda via. Parecia que eles queriam me colocar numa posição inquisitiva, pois sabiam que eu poderia ser movido por este fato. E estavam certos, pois veio num momento em que algo do tipo estava no potencial de me inspirar a plantar sementes em prol de um futuro mais digno. Eu estava precisando e esperando por um empurrãozinho do acaso para eu conseguir criar de forma melhor objetivos que eu estava tentando sonhar com já há um tempo, não tendo muito êxito por estar afligido pela covardia, raiva, conformismo, auto nojo. Então isso de fato me moveu, durante alguns anos.
Foi um processo gradativo, cadenciado e robusto: você provavelmente é familiar a ele. A construção de uma vida. Um sistema. Eu estudei medicina. Eu fui médico cirurgião, e estudante de muitas coisas. Dirigido pela ciência da minha ignorância, que diminuia cada vez mais, pois eu estava percebendo algo. Eu não sabia que estava, além da minha percepção de minhas dúvidas que a princípio eram muito estranhas a mim. Até porque, mesmo que ficasse cada vez mais claro, era de uma forma que eu simplesmente não conseguia encontrar palavra nenhuma para descrever, nem mesmo para as minhas suspeitas de estar adquindo conhecimento enquanto estudava anatomia, fisiologia, filosofia, sociologia, psicologia... Até mesmo agora não me atrevo a tentar, pois é um processo tão intrinsecamente pessoal que acredito ter de ser vivido por cada um, pacientemente; espero que de formas mais efetivas e velozes do que fora para mim e, imagino, aos outros que vieram antes de mim. Por isso economizo palavras sobre estes anos da minha vida. Não acho que seja interessante perdurar. Poderia elaborar sobre outras coisas que suspeitei ou percebi as quais eram remetentes ao caso da anatomia, no sentido de serem fatos abarrotados sob muito do que estamos inseridos e é parte de nós – camadas de subversão, mentiras e imundície – e, ainda assim, conseguindo se espreitar de formas desconexas nos humanos; mas, francamente, já não eram coisas que me apetecia prestar atenção ou entender melhor.
Provavelmente sabendo que havia chegado um momento apropriado, depois de anos fui contatado por Eles novamente. Em um e-mail titulado "Veja" encontrava-se um endereço e uma data. Foi num edifício diferente, indistinguível dos outros ao redor e encontrando-se em outra vizinhança comum. O procedimento foi o mesmo. Uma sala pouco equipada, com doutores inexpressivos e com vestes informais. Eu devo parar de usar o termo "inexpressivo", pois agora eu via tanta coisa estampada naqueles rostos que me sentia atordoado. Eu elaborei as mesmas coisas. Eu sabia que iria tirar a prova do que eu suspeitava. O bebê nasceu, e eu não pude conter as lágrimas, por mais rijo que meu corpo estivesse.
Como disse, não irei descrever as minhas realizações, até por julgar-me ainda despreparado para isso, mas digo que agora acredito que todos os fatos que sondam a humanidade agora encaixam-se perfeitamente num quebra cabeça. Tudo faz sentido, pois, parafraseando a mim mesmo, pertinente às primeiras palavras que surgiram na minha mente, dias após o acontecido relatado, no meu primeiro esforço bem sucedido de traduzir os meus novos conhecimentos em palavras: O cordão umbilical não é algo natural dos seres vivos. A vida em si foi amaldiçoada há muito, muito tempo atrás.
Obrigado por ler o meu relato!
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